quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O peso do Cu$to Brasil


Por Simone Kafruni

1. Corrupção elevada
Relatório da FIESP aponta que o custo da corrupção passa de R$ 70 bilhões por ano. Apenas em infraestrutura, o montante desviado poderia aumentar em 525% os quilômetros de ferrovias para escoamento da produção, aumentar o número de portos para 184 ou construir 277 novos aeroportos.

2. Burocracia para criação e manutenção de empresas
No Brasil, são necessárias cerca de 120 dias para se abrir uma empresa. Além disso, é um dos países onde essa ação custa mais caro, cerce de R$ 2 mil. Para ter um negócio, é preciso passar por 13 procedimentos legais. Nos EUA, são seis procedimentos, com custo de R$ 568 e prazo de seis dias.

3.  Cartelização da economia
A cartelização encarece a produção no país. Cerca de 20% do Custo Brasil vem de matérias-primas, como o aço. Os monopólios se valem de sua força e da proteção que o mercado interno tem e colocam preços que são 40% mais altos do que no mercado internacional, prejudicando toda cadeia produtiva.

4. Alta carga tributária
O Brasil, tem, atualmente, a maior carga tributária entre os países emergentes. No país, ela passa de 36% do Produto Interno Bruto (PIB). Para efeito de comparação, na China, a atual fatia de carga tributária não atinge 20%, na Coréia do Sul e Argentina, o índice é de 17%, e no México, de 27%.

5. Taxas de juros reais e spread bancário elevados
Apesar das reduções, o Brasil ainda tem um dos juros reais (a Selic, menos a inflação) mais elevados do mundo. E o spread bancário, que é a diferença entre o que o banco paga pelo dinheiro e o que cobra de quem pega empréstimo dele, é o mais lato do mundo, de 27%. Assim, o lucro dos bancos é grande, mas torna o dinheiro caro para o investimento.

6. Máquina pública inchada
Os gastos do governo com a máquina administrativa também elevam o custo Brasil porque o dinheiro que é pago para servidores públicos e cargos de confiança – com vantagens e benefícios salariais acima da média do setor privado – poderia ser utilizado para investimentos em infraestrutura.

7. Altos custos trabalhistas
Os encargos trabalhistas brasileiros estão muito acima da média mundial. A legislação protege o trabalhador e os salários, que de 2003 a 2009, subiram 150%. Apesar da desoneração anunciada para 2013 para alguns setores, o que vai ocorrer é apenas uma transferência de pagamento de 20% de INSS para 1% do faturamento.

8. Legislação fiscal complexa
Com uma legislação fiscal complexa, as empresas brasileiras tem altos custos para manter tributaristas constantemente atentos às mudanças fiscais. As alterações representam custos adicionais e não dão segurança jurídica para a concretização de projetos de novos investimentos ou para ampliações.

9. Alto custo da energia e infraestrutura precária
Os portos, aeroportos, estradas e ferrovias do Brasil estão saturados.Os custos com transporte e logística para escoamento dos produtos representam, em Santa Catarina, 18% dos custos de produção, enquanto um competidor norte-americano, por exemplo, paga a metade disto, cerca de 9%.

10. Baixa qualidade educacional e falta de mão de obra qualificada
Com a educação precária, falta mão de obra qualificada para atender aos setores produtivos. As próprias empresas precisam gastar para treinar seu pessoal. E existe um hiato muito grande entre a quantidade de profissionais que precisam de emprego e a capacidade necessária para preencher as vagas abertas.


(Transcrito do Diário Catarinense de 07.10.12, coluna PÉ NO FREIO)


Nota do blog.
O próprio Diário Catarinense, no meu entender, coopera com esse status reinante, ao promover debates como:
“Por que, mesmo sendo a 6ª economia do Planeta, o Brasil ainda está no 88º do ranking mundial da educação ?”  -  www.precisamosderespostas.com.br .
O problema não está no Ministério da Educação em si, pois os outros 37 Ministérios também não respondem aos anseios da sociedade. É o todo que está errado e isso desde 1808. Ou debatemos, via internet, um novo contrato social, ou continuaremos chovendo no molhado, para gaudio dos nossos políticos e seus financiadores que se refestelam com o dinheiro dos impostos, taxas e multas que nos extorquem.
Os efeitos estão muito bem expostos acima. É chegada a hora de debater e mudar as causas para que consigamos os efeitos desejados. Chega de sustentar nossa Monarquia Republicana, esse regime que nos foi jogado ao colo em substituição ao Absolutismo.


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