terça-feira, 30 de junho de 2015

Um Clube Revolucionário

 


Ernesto Caruso

Dia 26 de junho. Nasceu sob a égide do inconformismo, preocupados os seus fundadores com os destinos dos homens, da Pátria e das relações soldado-cidadão, cidadão-soldado a tal ponto que contribuiu para a mudança radical na estrutura do Estado com o nascimento da República.

República mal consolidada, passados tantos anos, e, hoje usada como expressão corriqueira de políticos em argumentos falaciosos em nome da própria sobrevivência ainda que na enlameada e fétida visceral corrupção.

O espírito humanitário do Tenente-coronel Sena Madureira o levou a apoiar as teses abolicionistas colocando-as acima de quaisquer outras considerações. Interesse maior indiscutível, mas que não brota das mentes dos acomodados. Claro, gerou uma crise. Afinal, muitos e muitos concebiam e aceitavam: nasceu escravo, tem que ser escravo, açoitado, pelourinho, grilhões, vendidos e apartados; o chefe mandou; absurdo ou não, cumpra-se. Prenda-se o coronel, que seja transferido.

Lá na Escola Militar do Rio Pardo não foi punido pelo Marechal Deodoro da Fonseca, Governador da Província do Rio Grande do Sul e Comandante das Armas. Distante na Corte, oficiais do Exército, sob a liderança do Tenente-coronel Benjamin Constant e da Armada, com o Almirante Silveira da Motta, se reuniram hipotecando solidariedade aos seus camaradas, em clima tenso de pré-rebelião. Não mais nas funções ao retornaram à Corte, sendo aclamados pelos cadetes da Escola Militar.

Assim, se consolidava uma identidade, forte, decidida, combativa, reativa a tantos anos de descura com as Forças Armadas no pós-guerra do Paraguai 1864/70, culminando com a fundação do Clube Militar, 1887; fusão dos ideais republicanos, a partir dos fundamentos alimentados pelo senhor das ciências e mestre militar Benjamim Constant. Gente da caserna ativa, preocupada com tudo em seu entorno que arrostara e desafiara quem os desdenhava; fizeram a guerra, lutaram pela paz, mas não admitiram a subserviência e recusaram a perseguir, como exposto em carta do Marechal Deodoro, presidente do Clube à Princesa Isabel, solicitando dispensa do Exército da missão de capitão-do-mato.
Sena Madureira, em carta afiançava: "Estou encarregado de, com o Gen. Deodoro e o Dr. Benjamin Constant, organizar os Estatutos dos Centros ou Clubes Militares que desejamos fundar aqui e em todas as guarnições importantes, no intuito de unir a classe para a defesa de nossos interesses e sustentar futuras lutas".

Embora já existisse o Clube Naval, se criava um Clube Militar, apropriadamente abrangente para oficiais da Marinha e do Exército, forças da época, composto de nomes dignos e de valor extremado das duas Instituições.

A seguir, caiu a monarquia, 1889.

Ora, se o destemor de um Sena Madureira, quiçá considerado um insano e inoportuno, por uns e outros, fez com que o seu clamor tenha sido considerado justo ao patentear a lição de reagir sempre às ações para desacreditar as Forças Armadas, como parte do planejamento de desmonte do Estado.
O discurso deve ser diplomático quando apela para a solução política, pacificação, conciliação, mas não de lamento; ser altivo e de valor acima do acinte, quando prevalecer a arrogância, o revanchismo, a alertar a nação brasileira quanto à guinada para a esquerda de vários países da América latina, capitaneados pelo bolivarianismo chavista da Venezuela, aliado à tirania cubana dos irmãos Castro.

Não deu certo no passado pelo uso da força, pois foram sufocados todos os movimentos com exceção da Colômbia, onde estão as FARC, mostrando ao mundo o que queriam os nossos terroristas indenizados. Burrice que desagrega e alimenta uma dicotomia de esquerda e direita prejudicial ao desenvolvimento desta Nação. Esperteza de quem a mantém para ficar na cúpula a fim de roubar e usufruir. Estratégia de estranhos que não a querem ver crescer.

O Poder Militar não pode ser omisso, como historicamente nunca foi, diante da insatisfação, do medo, da insegurança, da ameaça externa, da gravidade interna, da mobilização, instrução e adestramento de forças ditas populares, como hoje se nos deparam.

O poder e o dever de defender a Pátria estão acima de quaisquer outros poderes escusos, infiltrados, escuros, corrompidos, dominados ou obtusos.

Ernesto Caruso é Coronel de Artilharia e Estado Maior, reformado. Extrato de uma publicação na Revista do Clube Militar ao comemorar o 120° ano de existência.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Governos do PT

SUELY CALDAS

Os governos do PT são bons em lançamentos e péssimos em execução. Em 2003, semana sim, outra também, o ex-presidente Lula lançava um novo programa de governo e escolhia para eles nomes chamativos como Meu Primeiro Emprego e Escola de Fábrica, que nunca saíram do papel. Alguns empacaram por incompetência na execução, outros foram abandonados sem terem sido tentados - até porque a estratégia era desviar a atenção da população da grave crise econômica do primeiro ano de Lula, quando o crescimento do PIB desabou para 0,5%.

Ofuscando o presente e prometendo um futuro feliz, Lula foi driblando a realidade e atravessou 2003 sem perder popularidade, mesmo assumindo - até com certo exagero - a política econômica de FHC, que tanto condenara nos oito anos anteriores de governo tucano.

Dilma Rousseff acaba de lançar a segunda fase de seu Programa de Investimentos em Logística (PIL). Como em 2003 de Lula, este programa chega em momento de crise econômica, recessão, desemprego, queda de investimentos e outras mazelas herdadas do primeiro mandato de Dilma. Novamente, prometer um futuro feliz ajuda a tirar o foco da tristeza do presente e, quem sabe, até a melhorar a péssima popularidade da presidente. E mais: tem a vantagem adicional de tentar abater xingamentos e críticas de seu próprio partido, o PT, que prometia fazer do 5.º Congresso, encerrado ontem, um libelo de ataques à política econômica do governo. Claro, no estilo petista de ser, livrando Dilma, Mantega e outros responsáveis pelos erros e culpando o novato ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que veio para o governo convidado por Dilma exatamente para corrigir os estragos petistas.

O PIL do segundo mandato tem positivas diferenças em relação ao fiasco do primeiro, lançado em 2012. A volta do modelo de outorgas nas concessões e prometer taxas de retorno competitivas aos investidores mostram que alguma coisa o PT aprendeu, como reconheceu Dilma: "Aprendemos conosco e esse programa reflete esse aprendizado".

Aquela obsessão de Dilma em fazer diferente de FHC foi amenizada e até a palavra privatização deixou de ser uma maldição, se não para o PT, pelo menos para ela e os companheiros que estão no governo.

A próxima etapa é o programa passar da concepção à ação. Aí é que a porca torce o rabo, é o teste decisivo para Dilma provar que de fato aprendeu e pode fazer florescer a competência e a eficiência que faltaram ao primeiro PIL. Não é mais permitido errar, como aconteceu na concessão de aeroportos, em que regras de licitação foram mudadas seguidamente para tentar encaixar a estatal Infraero como majoritária, e acabou saindo o inverso. Superar preconceitos ideológicos que descambam para inoportunas intervenções do Estado e uma boa dose de pragmatismo também ajudam. Mas não só.


Sem a percepção de credibilidade política e estabilidade de regras o investidor vacila e não investe. E o aval disso precisa ser dado pela presidente. Cabe a ela vir a público dar sua palavra, tranquilizar e garantir que as regras de concessão para rodovias, portos, aeroportos e ferrovias não mudarão no futuro, que o ministro Levy e suas metas de equilíbrio fiscal não estão no governo de passagem, só para arrumar a casa e depois voltarem o exagero de gastos, a política de privilégios, os desequilíbrios econômicos. Já aconteceu no governo Lula, e os empresários ficam ressabiados. Agora eles querem garantias de Dilma para decidirem investir.

A presidente, porém, não parece disposta a assumir esse compromisso. Reconhecer seus erros, então, nem pensar. Ela continua culpando a crise internacional. Até seu ex-marido e conselheiro, o advogado gaúcho Carlos Araujo, reconheceu em recente entrevista ao jornal O Globo: "O governo tomou consciência da gravidade da situação durante a campanha eleitoral. E aí, no meio da eleição, não tem como mudar a política econômica. E nem dá para falar em crise, sendo governo, durante uma campanha eleitoral". Já Dilma faz aquele olhar de paisagem...

É JORNALISTA E PROFESSORA DA PUC-RIO E-MAIL: SUCALDAS@TERRA.COM.BR
14 Junho 2015 | 02h 04


domingo, 28 de junho de 2015

Cientistas comprovam a reencarnação humana


Desde que o mundo é mundo discutimos e tentamos descobrir o que existe além da morte. Desta vez a ciência quântica explica e comprova que existe sim vida (não física) após a morte de qualquer ser humano. 

Um livro intitulado “O biocentrismo: Como a vida e a consciência são as chaves para entender a natureza do Universo” “causou” na Internet, porque continha uma noção de que a vida não acaba quando o corpo morre e que pode durar para sempre.
 

O autor desta publicação o cientista Dr. Robert Lanza, eleito o terceiro mais importante cientista vivo pelo NY Times, não tem dúvidas de que isso é possível.
 

Além do tempo e do espaço Lanza é um especialista em medicina regenerativa e diretor científico da Advanced Cell Technology Company. No passado ficou conhecido por sua extensa pesquisa com células-tronco e também por várias experiências bem sucedidas sobre clonagem de espécies animais ameaçadas de extinção.
 

Mas não há muito tempo, o cientista se envolveu com física, mecânica quântica e astrofísica. Esta mistura explosiva deu à luz a nova teoria do biocentrismo que vem pregando desde então. O biocentrismo ensina que a vida e a consciência são fundamentais para o universo.
 

É a consciência que cria o universo material e não o contrário.
 

Lanza aponta para a estrutura do próprio universo e diz que as leis, forças e constantes variações do universo parecem ser afinadas para a vida, ou seja, a inteligência que existia antes importa muito. Ele também afirma que o espaço e o tempo não são objetos ou coisas mas sim ferramentas de nosso entendimento animal.
 

Lanza diz que carregamos o espaço e o tempo em torno de nós “como tartarugas”, o que significa que quando a casca sai, espaço e tempo ainda existem.
 

A teoria sugere que a morte da consciência simplesmente não existe. Ele só existe como um pensamento porque as pessoas se identificam com o seu corpo. Eles acreditam que o corpo vai morrer mais cedo ou mais tarde, pensando que a sua consciência vai desaparecer também. Se o corpo gera a consciência então a consciência morre quando o corpo morre. Mas se o corpo recebe a consciência da mesma forma que uma caixa de tv a cabo recebe sinais de satélite então é claro que a consciência não termina com a morte do veículo físico. Na verdade a consciência existe fora das restrições de tempo e espaço. Ela é capaz de estar em qualquer lugar: no corpo humano e no exterior de si mesma. Em outras palavras é não-local, no mesmo sentido que os objetos quânticos são não-local.
 

Lanza também acredita que múltiplos universos podem existir simultaneamente.
 

Em um universo o corpo pode estar morto e em outro continua a existir, absorvendo consciência que migraram para este universo. Isto significa que uma pessoa morta enquanto viaja através do mesmo túnel acaba não no inferno ou no céu, mas em um mundo semelhante a ele ou ela que foi habitado, mas desta vez vivo. E assim por diante, infinitamente, quase como um efeito cósmico vida após a morte.


Vários mundos

Não são apenas meros mortais que querem viver para sempre mas também alguns cientistas de renome têm a mesma opinião de Lanza. 

São os físicos e astrofísicos que tendem a concordar com a existência de mundos paralelos e que sugerem a possibilidade de múltiplos universos.
 

Multiverso (multi-universo) é o conceito científico da teoria que eles defendem. Eles acreditam que não existem leis físicas que proibiriam a existência de mundos paralelos.
 

O primeiro a falar sobre isto foi o escritor de ficção científica HG Wells em 1895 com o livro “The Door in the Wall“. Após 62 anos essa ideia foi desenvolvida pelo Dr. Hugh Everett em sua tese de pós-graduação na Universidade de Princeton. Basicamente postula que, em determinado momento o universo se divide em inúmeros casos semelhantes e no momento seguinte, esses universos “recém-nascidos” dividem-se de forma semelhante. Então em alguns desses mundos que podemos estar presentes, lendo este artigo em um universo e assistir TV em outro.
 

Na década de 1980 Andrei Linde cientista do Instituto de Física da Lebedev, desenvolveu a teoria de múltiplos universos. Agora como professor da Universidade de Stanford, Linde explicou: o espaço consiste em muitas esferas de insuflar que dão origem a esferas semelhantes, e aqueles, por sua vez, produzem esferas em números ainda maiores e assim por diante até o infinito. No universo eles são separados. Eles não estão cientes da existência do outro mas eles representam partes de um mesmo universo físico.
 

A física Laura Mersini Houghton da Universidade da Carolina do Norte com seus colegas argumentam: as anomalias do fundo do cosmos existem devido ao fato de que o nosso universo é influenciado por outros universos existentes nas proximidades e que buracos e falhas são um resultado direto de ataques contra nós por universos vizinhos.


Alma

Assim, há abundância de lugares ou outros universos onde a nossa alma poderia migrar após a morte, de acordo com a teoria de neo biocentrismo.
 

Mas será que a alma existe? Existe alguma teoria científica da consciência que poderia acomodar tal afirmação?
 

Segundo o Dr. Stuart Hameroff uma experiência de quase morte acontece quando a informação quântica que habita o sistema nervoso deixa o corpo e se dissipa no universo.
 

Ao contrário do que defendem os materialistas, Dr. Hameroff oferece uma explicação alternativa da consciência que pode, talvez, apelar para a mente científica racional e intuições pessoais.

A consciência reside, de acordo com Stuart e o físico britânico Sir Roger Penrose, nos microtúbulos das células cerebrais que são os sítios primários de processamento quântico. Após a morte esta informação é liberada de seu corpo, o que significa que a sua consciência vai com ele. 

Eles argumentaram que a nossa experiência da consciência é o resultado de efeitos da gravidade quântica nesses microtúbulos, uma teoria que eles batizaram Redução Objetiva Orquestrada.
 

Consciência ou pelo menos proto consciência é teorizada por eles para ser uma propriedade fundamental do universo, presente até mesmo no primeiro momento do universo durante o Big Bang. “Em uma dessas experiências conscientes comprova-se que o proto esquema é uma propriedade básica da realidade física acessível a um processo quântico associado com atividade cerebral.”
 

Nossas almas estão de fato construídas a partir da própria estrutura do universo e pode ter existido desde o início dos tempos. Nossos cérebros são apenas receptores e amplificadores para a proto-consciência que é intrínseca ao tecido do espaço-tempo. Então, há realmente uma parte de sua consciência que é não material e vai viver após a morte de seu corpo físico.
 

Dr. Hameroff disse ao Canal Science através do documentário Wormhole: “Vamos dizer que o coração pare de bater, o sangue pare de fluir e os microtúbulos percam seu estado quântico. A informação quântica dentro dos microtúbulos não é destruída, não pode ser destruída, ele só distribui e se dissipa com o universo como um todo.”

Robert Lanza acrescenta aqui que não só existem em um único universo, ela existe talvez, em outro universo.
 

Se o paciente é ressuscitado, esta informação quântica pode voltar para os microtúbulos e o paciente diz: “Eu tive uma experiência de quase morte”.

Ele acrescenta: “Se ele não reviveu e o paciente morre é possível que esta informação quântica possa existir fora do corpo talvez indefinidamente, como uma alma.”
 

Esta conta de consciência quântica explica coisas como experiências de quase morte, projeção astral, experiências fora do corpo e até mesmo a reencarnação sem a necessidade de recorrer a ideologia religiosa. A energia de sua consciência potencialmente é reciclada de volta em um corpo diferente em algum momento e nesse meio tempo ela existe fora do corpo físico em algum outro nível de realidade e possivelmente, em outro universo.

Artigo publicado originalmente em inglês no site 
SPIRIT SCIENCE AND METAPHYSICS.
http://www.duniverso.com.br/cientistas-comprovam-reencarnacao-humana/ 

sábado, 27 de junho de 2015

Depois do rego oficial, Dilma exuma a mulher sapiens, celebra a conquista da mandioca e vira candidata à interdição

Augusto Nunes

Especialmente impressionado com o que batizou de  “discurso da mandioca sapiens – o novo ícone do governo de Dilma Rousseff” ─. o jornalista Celso Arnaldo Araújo mantém internada desde ontem a recordista em hospedagens no Sanatório Geral. Vai continuar por lá mais algumas horas, determinou o descobridor do dilmês no recado em que pinçou um dos dez piores momentos da mais bisonha e implausível oradora da história do Brasil:

“Então, aqui, hoje, eu tô saudando… eu tô sandando a mandioca. Acho uma das maiores conquistas do Brasil”.
O vídeo de 48 segundos sopra que, pelo que disse antes e depois de anunciar que a mandioca ─ como a Copa de 1958, a Independência, o milésimo gol de Pelé, o desfile inaugural na Sapucaí ou a primeira visita do Papa ─ figura entre as mais extraordinárias façanhas nacionais, Dilma deve permanecer no Sanatório mais alguns meses. Ou anos. Ou para sempre, sugere a contemplação do torturado e torturante funcionamento do maquinismo mental resumido num neurônio só. Tente acompanhar o palavrório sem pé nem cabeça:

“Nós tamo comungando a mandioca com o milho, e certamente nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento da civilização humana ao longo dos séculos“, começa o trecho do que foi, na imagem de Nelson Rodrigues, uma patuscada inverossímil da cabeça aos sapatos. Na continuação, entra a celebração da mandioca. A plateia endossa a maluquice com risos e aplausos. Segue o baile.

Com um estranho objeto na mão esquerda, a presidente explica o que é aquilo. “Pra mim essa bola é um símbolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola dessas, nós nos transformamos em homo sapiens”. Faz uma pausa ligeiríssima, capricha no sorriso superior e corrige: “Ou mulheres sapiens“. Termina o vídeo.

Mas o enigma continua: o que houve com a Doutora em Nada que vai tornando muito pior o que aparentemente alcançara os limites do péssimo? O falatório na abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas confirma que, depois de confessar que poucas coisas na vida são mais aprazíveis que caipirinha com tequila, Dilma deu de enveredar pelo traiçoeiro terreno da ambiguidade, apimentando o idioleto que inventou com expressões que, em português, podem significar isto, aquilo ou outra coisa muito diferente. Há uma semana foi o rego. Agora é a mandioca.

Se o impeachment por excesso de delinquências tropeça em malandragens de rábula, que tal resolver o grande problema do Brasil com a interdição por falta de cérebro? Quem exuma mulheres sapiens e faz declarações de amor à mandioca é incapaz de governar sequer a derradeira oca habitada pelo único sobrevivente da última tribo isolada nos confins da Amazônia.

Augusto Nunes
Direto ao Ponto
Veja
24/06/2015


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Afinal de contas, o que é o comunismo?

Mario Guerreiro

De acordo com o Materialismo Histórico de Marx, a História passa inexoravelmente por seis etapas: (1) comunismo primitivo, (2) sociedade antiga, (3) feudalismo, (4) capitalismo, (5) socialismo e (6) comunismo pós-socialista.

Como vemos, estamos diante de uma visão determinista e utópica da História. Determinista, porque essas etapas estão pré-determinadas antes do desenrolar da própria História, e sendo assim tanto o passado foi o que tinha que ser, como o futuro será o que terá que ser.
Não há nenhum lugar para a contingência no pensamento histórico de Marx, porque os homens fazem a História, mas não a fazem como gostariam de fazer, porém de 
acordo com o que tem que ser.

Marx viveu no século XIX, numa sociedade capitalista, como ele mesmo chamou, mas que devia ser corretamente chamada de uma sociedade de mercado aberto.
O comunismo primitivo, a sociedade antiga e o feudalismo foram, para ele, formas de sociedade passadas, o capitalismo era a forma presente, e socialismo e comunismo simplesmente não existiam ainda, mas teriam que existir necessariamente, de acordo com seu pensamento.
Por isso mesmo, dizemos que ela tinha uma visão determinista em que o passado, o presente e o futuro seriam como tinham que ser o que são, de acordo com o Materialismo Histórico.

De acordo ainda com Marx, cada forma de sociedade abrigaria dentro de si mesma os germes da sua destruição. Desse modo, o comunismo primitivo, em que todos eram livres, gerou a sociedade antiga que era escravista com uma minoria de homens livres. A sociedade ateniense clássica é um exemplo.
Esta gerou o feudalismo, uma forma de sociedade em que apenas alguns eram livres, mas a maioria formada de camponeses vivia sob um regime de servidão. E do feudalismo surgiu o capitalismo pela grande acumulação de capital.

A visão marxista voltada para o passado é determinista, mas não utópica. Mas a que está voltada para futuro além de ser determinista é também utópica.
A sociedade socialista existiu de fato – embora fosse na realidade um capitalismo de Estado — mas a comunista nunca existiu, ao menos até hoje. Por mais que desejemos, não podemos dizer que nunca existirá, porque não dispomos de uma bola de cristal.

Para Marx, quando a sociedade socialista estivesse consolidada, ela se transformaria numa sociedade comunista, uma espécie de paraíso na terra em que todos viveriam bem e gozariam de mais tempo de lazer e para se dedicar ao conhecimento.
Mas como ela se transformaria a partir da ditadura do proletariado – que Bakunin chamou sarcasticamente de ditadura sobre o proletariado –  em uma forma de governo que daria início à sociedade socialista?

E como ela se transformaria numa sociedade comunista? Seus governantes abririam mão graciosamente do poder por ter consciência de que se tratava de um mundo melhor? M’engana qu’eu gosto!
Seria possível esse anarquismo, uma sociedade sem classes e sem Estado, em plena Era Industrial decorrente da Revolução Industrial?! Ou tal coisa só se mostraria possível no comunismo primitivo?

Na realidade, estamos aventando uma hipótese, porque esta é uma das lacunas do pensamento de Marx, que falou muito sobre as sociedades anteriores a que ele viveu, mas muito pouco sobre as que viriam depois: a sociedade socialista e a comunista.

O comunismo primitivo caracterizava sociedades pré-históricas em que o homem vivia da caça e da pesca, depois da agricultura e da pecuária, mas não existiam Estado nem classes sociais.
Esta é uma visão hipotética, porque até hoje contamos com escassos dados sobre a vida no mundo pré-histórico, mas é bastante plausível, tanto que muitos historiadores não-marxistas concordam com ela.

Mas que dizer da sociedade comunista pós-socialista? Marx disse muito pouco sobre ela. Limitou-se a dizer que era uma sociedade sem Estado e sem classes sociais. Mas o comunismo primitivo e o pós-socialista, apesar de se identificarem nesses dois aspectos, não eram a mesma coisa.
Para entender isso, temos que retroceder ao grande mestre de Marx: Hegel. De acordo com a visão hegueliana, o Espírito Absoluto – não me perguntem quem é este ser, porque eu não saberia dizer – aliena-se no mundo, mas através de várias etapas, dá-se o autorreconhecimento do Espírito Absoluto. É como um novelo de lã que tivesse se desfiado e que depois tivesse voltado à sua forma original.

Tudo começa e termina no Espírito Absoluto. Ele é o verdadeiro agente da História. Os homens fazem a história, mas não a fazem como gostariam, porém de acordo com os desígnios do Espírito Absoluto.
A isto Hegel chamou de astúcia da História, algo lamentavelmente confundido com a famosa metáfora de Adam Smith: a mão invisível. Infelizmente, não podemos desfazer esta confusão sem entrar numa grande digressão.
Marx substituiu a visão determinista e circular da História sustentada por Hegel, por sua visão igualmente determinista e circular, com a diferença de que o agente da História não é o inefável Espírito Absoluto, porém as classes sociais. “A História é a História das lutas de classe”, disse Marx.

Mas as classes sociais não fazem a História como gostariam, mas sim conforme determinado pelo Materialismo Histórico na etapa em questão.
O fim do capitalismo, para Marx, ocorreria por causa das suas “contradições” internas, mas seria necessário que tal coisa ocorresse numa sociedade de capitalismo avançado, como eram na época de Marx a Inglaterra e/ou a Alemanha.
No entanto, a revolução comunista só ocorreu num país semiagrário, como a Rússia czarista de 1917 e as outras que se seguiram: a revolução chinesa, a da Coréia do Norte, a cubana, ocorreram todas em países semiagrários, só para contrariar o Materialismo Histórico de Marx.

Na realidade, há uma grande incongruência no pensamento de Marx: de um lado, nada podemos fazer para modificar as etapas da História, segundo o materialismo histórico. Mas de outro lado, Marx sempre incentivou o caráter modernizante da práxis revolucionária. Se o materialismo histórico está correto, de nada adianta o ativismo político.
Nunca houve revolução comunista num país de capitalismo avançado, o que mostra que Proudhon estava mesmo certo quando disse que o marxismo era a filosofia da miséria.
Para Hegel, a História começa e termina no Espírito Absoluto, mas para Marx ela começa e termina no comunismo.
Para ambos, a História se desenrola mediante um mecanismo trifásico: a tese, a antítese e a síntese. A tese é uma afirmação, a antítese uma negação e a síntese uma negação da negação, como um enriquecimento da afirmação inicial.
De acordo com a lógica matemática ou simbólica, a negação da negação equivale à afirmação, em símbolos: ~~p=p. Por exemplo: dizer que “não é verdade que não é verdade que a Lua é o satélite natural da Terra” é o mesmo que dizer: “A lua é o satélite natural da Terra”. Trata-se de maneiras diferentes de dizer o mesmo.
Mas para a “lógica” dialética de Hegel e Marx, a síntese, ou a negação da negação, não é o mesmo que a afirmação. Hegel serviu-se de uma ambiguidade da língua alemã. O substantivo abstrato Aufhebung,derivado do verbo aufheben quer dizer: transformação, superação e manutenção.

Desse modo, a negação da negação é uma Aufhebung em relação a tese. Ao mesmo tempo em que ela a transforma, ela a supera e a mantém. Desse modo, o comunismo pós-socialista, embora mantenha dois traços do comunismo primitivo, a saber: uma sociedade sem classes e sem Estado, ele o transforma e o supera.
Mas como? Esta é outra lacuna do pensamento de Marx. É demasiadamente óbvio dizer que no comunismo pós-socialista o homem não viverá da caça e da pesca. Mas como ele viverá sem Estado e classes sociais?

Robert Nozick, em Anarquia, Estado e Utopia, fez um brilhante exercício hipotético: Primeiro, ele imagina o que aconteceria se o Estado fosse suprimido.
Depois, ele mostra consequências muito semelhantes às horríveis características do estado natural de Hobbes. E conclui que se o Estado fosse suprimido, ele teria que ser reinventado, dando a entender que o Estado é um mal, mas um mal necessário.
Concordamos inteiramente com Nozick e discordamos totalmente de Hegel e Marx. A sociedade comunista é uma utopia como a mítica Idade do Ouro.
Por sua vez, a sociedade socialista não é uma utopia. Ela existiu de fato, ainda que sob a forma de capitalismo de Estado, e ainda existe sob a forma totalitária em Cuba e na Coréia do Norte, o Museu Ocidental e o Museu Oriental do socialismo marxista.
Marx era no fundo um anarquista hebraico-cristão, apesar de sua afirmação de que “a religião é o ópio do povo” [entenda-se “do povão”].

Se sua concepção trifásica da História, continha uma tese, uma antítese e uma síntese, a concepção bíblica da História também é trifásica: o Paraíso, o Paraíso Perdido e o Paraíso Reconquistado – como mostram os dois grandes poemas épicos de John Milton: Paradise Lost e Paradise Regained.
Tudo começa no melhor dos mundos possíveis e termina no melhor dos mundos possíveis, apesar das contrariedades das etapas intermediárias.

Se a religião era o ópio do povo, Marx era um viciado irrecuperável e não sabia.
Isso não é algo excepcional na História das Ideias. Vejam o caso de Augusto Comte. Não havia nenhum lugar para Deus e para a religião no pensamento positivista de Comte. Os estágios religioso e metafísico tinham sido superados pelo estágio positivo em que a ciência era dominante.
De repente, Comte tem uma crise mística e cria a Religião da Humanidade, com o Templo da Humanidade e os dias dos santos substituídos pelos dias dos benfeitores da humanidade: Darwin, Laplace, Pasteur, etc.

Antes dele, Robespierre também abolira a crença em Deus e a substituíra pela crença no “Ser Supremo”. Qual a diferença?  Seus templos eram a natureza pura e sábia, e seu sumo sacerdote o próprio líder dos jacobinos.
A sub-reptícia influência da religião mostra-se claramente nos pensamentos de Hegel, Marx e Comte. Freud diria que são claramente detectáveis neles mecanismos de substituição, mediante os quais noções de caráter religioso mantêm uma forma religiosa, mas adquirem um conteúdo profano.

Quando, por curiosidade, visitei o Templo da Humanidade, situado na Rua Benjamin Constant (Rio de Janeiro, RJ) deparei à porta com uma estátua de uma mulher amamentando uma criança. A Virgem Maria amamentando o menino Jesus? Não, a Humanidade amamentando seus filhos…
Hoje existem três Templos da Humanidade: um em Paris, outro no Rio e outro ainda em Porto Alegre. Só não sei se ainda existem sacerdotes e crentes. Em compensação. Há milhares de acólitos fervorosos da utopia marxista.

Mario Guerreiro é Doutor em Filosofia pela UFRJ. 

A Voz do Cidadão  -  24.06.2015


quinta-feira, 25 de junho de 2015

Como sair desse buraco

Fernão Lara Mesquita

O que assusta mais é a desproporção entre a quantidade e a qualidade do alarme e o tamanho do desastre. A unanimidade dessa alienação é inquietante. A fronteira hoje é o mundo e já passamos longe o limite a partir do qual não se cabe mais no mercado global. Os tempos dos verbos em uso em Brasília estão defasados. Não é que a conta vai estourar. A conta já estourou. A indústria nacional já está cataléptica.

Ninguém – fora os barões do BNDES – consegue andar com as próprias pernas. Os empregos estão sumindo em velocidade vertiginosa. A inflação que se vê é só a primeira onda do tsunami que vem vindo.
O estado tende geneticamente ao absolutismo e democracia é a única barreira capaz de impedi-lo de ocupar todos os espaços. Nos períodos de imunodepressão institucional — quando a “razão de estado” impõe-se sobre os direitos individuais e os demais poderes são avassalados pelo Executivo – o estado incha, a segurança jurídica acaba, a produção e o emprego minguam e a inflação dispara.

Já vimos esse filme. O estado brasileiro saiu do regime militar maior que nunca e, como consequência, a desorganização da economia foi ao paroxismo, passando dos 80% de inflação ao mês. Mas havia, então – ao menos na imprensa – a consciência de que era disso que se tratava e nenhuma barreira auto-imposta à crítica do regime. Graças a isso, apesar da feroz oposição do PT à desmontagem da obra econômica da ditadura com as 540 estatais que o partido tratava de colonizar, foi possível fazer a estatização recuar até o ponto a que a trouxe o governo FHC.

Trinta anos de progressiva ocupação do sistema educacional e dos “meios de difusão ideológica da burguesia” por um discurso único eficiente o bastante para, na contramão do mundo, “criar mercado” para 30 e tantos partidos políticos, todos “de esquerda”, e ao fim de outros 12 de ódio ao mérito, truculência regulatória, agressões à aritmética e aparelhamento do estado e até da economia “privada” para “um projeto de poder hegemônico“, o fosso que se havia estreitado ganha as proporções de uma falha tectônica.

O efeito prático é essa combinação aberrante: apesar da renda per capita de Brasília, onde nada é produzido, ter passado a ser o dobro da do Brasil e 1/3 maior que a de São Paulo, síntese precisa do sistema de castas em que nos transformamos, os temas do tamanho do estado, da privatização, do privilégio e da desigualdade perante a lei estão quase completamente ausentes do debate; tudo que se discute é como o “ajuste” vai tomar mais do país para dar mais ao estado.

Para que a trajetória volte a ser ascendente é o contrário que tem de acontecer. Será preciso recuar até o ponto anterior àquele em que a economia parasitária passou a consumir mais do que a economia produtiva é capaz de repor. A questão é que o PT não é hoje muito mais que a representação política dos “servidores” do estado de modo que reduzir o tamanho do estado significa reduzir o tamanho do PT (e de todos os “caronas” que, até segunda ordem, ele admite carregar na boléia da “governabilidade”). O tema oficial do 5º Congresso Nacional do PT – “Um partido para tempos de guerra” – nos dizia do grau de mobilização dessa casta na defesa dos seus privilégios. O tom só abrandou porque ninguém está desafiando o status quo. Mas a impossibilidade matemática de mantê-lo e ao mesmo tempo evitar o desastre econômico e a conflagração social que vem com ele não é um bom presságio para a democracia no Brasil.

Mesmo assim, nem imprensa, nem “oposição” parecem se dar conta disso.
Nas votações da única parte do “ajuste” em que as propostas reuniam o legalmente possível ao justo e ao desejável, com ligeiro constrangimento do desperdício no setor público, o PSDB, fiel depositário de metade das esperanças da nação, simplesmente oficializou a sua condição de não existência. Renegou bandeiras históricas para assumir-se como nada mais que a imagem invertida do PT. Tudo que tem a propor como alternativa ao que está aí é que seja ele a presidir a festa.

A reforma política, sem a qual não há esperança de romper a blindagem que veda qualquer forma de redução do peso do estado, é outro atoleiro. Sempre que pressionados os políticos sentem-se confortáveis para jogar na arena as surradas “propostas do costume” pela simples razão de que nem os mais agressivos “cães bravios” do nosso “jornalismo watchdog” resistem a esses “biscoitinhos”. “Fim da reeleição” em pleno início de um quarto mandato por interposte pessoa? “Financiamento de campanha” em face de uma economia nacional inteira destruída para comprar votos? Mais leis anti-corrupção no país dos foros especiais? Enquanto os eruditos da irrelevância se distraem debatendo infindavelmente o que quer que se lhes atire, os “jabutis” que aumentam o tamanho do problema passam ao largo gargalhando.

Ao fim de cinco séculos levando com a porta das reformas na cara sem conseguir iniciar uma que fosse, já era tempo de aprendermos que pouco importam as firulas e as beiradinhas conceituais desses preciosismos em que adoramos nos dividir e nos perder, o que é imprescindível é abrir finalmente essa porta e mantê-la aberta daí por diante.

É do mais elementar bom senso e da experiência pessoal de todos nós a noção de que, em qualquer estrutura hierárquica, manda quem tem o poder de contratar e demitir; manda quem tem a prerrogativa da última palavra nas discussões.

O Brasil terá de se reconstruir de alto a baixo para voltar a caber na arena global. E não há “pacote” de reformas que possa incluir tudo que é necessário para tanto. As mudanças terão de se dar num processo, ou seja, num movimento que começa e não se detém mais.
É exatamente isso que proporciona o sistema de voto distrital com recall, a reforma em que são os eleitores que mandam, que começa e não acaba nunca e que, sendo assim, inclui todas as outras.

Do blog Vespeiro

Artigo para O Estado de S. Paulo de 17/06/2015


quarta-feira, 24 de junho de 2015

“Não tem crise” e outras frases curiosas do ministro do Trabalho




Fernando Jasper

Para Manoel Dias, o que existe são ajustes. Oresto é invenção de adversários políticos e da grande mídia de oposição

É comum que um ministro tente inspirar otimismo entre cidadãos e empresários. Mas o titular da pasta do Trabalho, Manoel Dias, vai além. Em sucessivas declarações nos últimos meses, ele tem defendido que a crise econômica não existe; ela seria, na verdade, uma invenção da oposição e da imprensa para desestabilizar o governo.

Sobre as demissões no mercado formal – 244 mil postos de trabalho foram fechados no país de janeiro a maio, 116 mil apenas no mês passado –, Dias argumenta que elas são fruto do clima pessimista criado por quem discorda do governo. No começo do mês, por exemplo, ele disse o seguinte: “Não tem crise. Nós temos dificuldades, ajustes. A crise é política. Tentam criar uma crise política”.

Confira abaixo uma seleção de declarações do ministro e veja se você concorda com ele:

“Eu sou sempre otimista e não acho que está tão ruim quanto querem. Há uma campanha deliberada da grande mídia de oposição, que cria um ambiente de dúvida acumulado com essa corrupção que está sendo desvendada.”
Em 9 de fevereiro,em análise sobre a economia e a Operação Lava Jato

“A crise é mundial, não é uma exclusividade do Brasil. E o governo está tomando providências para recuperar o emprego, sem prejuízo de investimentos nos programas sociais. Vivendo momentos de dificuldade, mas não [estamos] diminuindo o número de empregos. No ano passado, geramos mais 400 mil empregos e esperamos, para maio e junho, a retomada do número de postos de trabalho.”
Em 9 de março,ao comentar que as 81.774 demissões de janeiro, as mais fortes para o mês desde o início da série histórica, foram resultado de uma situação atípica”.

“Essa onda afeta as pessoas, mas com essa onda de que o Brasil vai acabar, ele posterga, o mesmo vale para quem ia comprar um apartamento e isso também afeta o empresário.”
Em 18 de março,ao comentar a extinção de 2.415 vagas formais no mês anterior

“Apesar de toda a dificuldade, diante do momento em que vivemos e um discurso de que nós estaríamos vivendo momento difícil, o Caged mostra recuperação. (...) Tivemos um janeiro negativo, um fevereiro que estabilizou e março já geramos emprego. A expectativa é de um abril ainda melhor.”
Em 23 de abril,ao anunciar a geração de 19.282 empregos em todo o país no mês anterior, o único número positivo de 2015 até agora

“O trabalhador votou errado, porque não tinha consciência política e ideológica de que cada um tem o seu lado.”
Em 30 de março,ao apontar que a classe trabalhadora perdeu 45% de sua representação no Congresso após as eleições de 2014

“Quem pretende empreender, desiste e não contrata, o que se reflete no mercado de trabalho.”
Em 22 de maio,ao anunciar o corte de 97.828 postos formais de trabalho em abril. Segundo ele, a crise política é que teria gerado um problema econômico

“Quem está em crise hoje é o mundo. Não somos nós.”
Em 8 de junho,sobre a suposta crise econômica

“Há um discurso pessimista e que assusta a população. Porque a crise política é que afeta a econômica. As pessoas se assustam e postergam às vezes a compra de um carro, de um apartamento. Não tem crise. Nós temos dificuldades, ajustes. A crise é política. Tentam criar uma crise política.”
Em 8 de junho,ao comentar o que classifica de discurso da oposição inconformada

“Um país que criou 23 milhões de empregos, se fecha 200, 300 [mil], não é nada. Estão fazendo uma campanha pessimista, dizendo que o país acabou.”
Em 16 de junho,a respeito do fechamento de postos de trabalho


Jornal Gazeta do Povo  -  PR.
19.06.15



Comentário do blog:  Em que país esse tal de Manoel vive ? (MBF).